Fé, luta e arte em Araci: o pulsar da cultura afro-brasileira
- Agência Eco
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
Em Araci, no coração do sertão baiano, a resistência negra se manifesta com força e beleza. Ela não aparece apenas nos livros de história — mas também nos tambores, nos passos de dança, nas roupas coloridas e nas palavras de fé.
O estudo de Derivaldo Ribeiro investiga as festas da cultura afro-brasileira realizadas na cidade, destacando como elas são, ao mesmo tempo, celebração, denúncia e afirmação identitária.
🕯️ Destaques das manifestações estudadas:
Festa do 13 de Maio: organizada por movimentos negros e grupos religiosos para lembrar a abolição da escravidão — mas também para denunciar as continuidades do racismo e da desigualdade.
Lavagem do Beco: tradição que mistura religiosidade de matriz africana, dança, canto e mobilização social.
Festa de São Benedito: exemplo do sincretismo entre o catolicismo popular e a ancestralidade africana, muito presente nos terreiros da região.
“Essas festas não são apenas eventos culturais — são atos políticos, espirituais e pedagógicos.” — Derivaldo Ribeiro
🧠 A pesquisa mostra que:
As festas afro em Araci funcionam como espaços de formação comunitária;
Há uma forte presença de mulheres negras liderando essas manifestações, como mães de santo, professoras e ativistas;
A juventude tem se reaproximado dessas tradições, conectando arte, identidade e reivindicação de direitos.
📚 Por que isso importa?
Reforça o papel da cultura como instrumento de resistência histórica no sertão;
Valoriza as raízes afro-brasileiras em municípios onde o racismo estrutural é naturalizado;
Cria espaços de visibilidade para vozes muitas vezes marginalizadas.
📝 Fonte:RIBEIRO, Derivaldo. Fé, luta e arte na cidade de Araci: as festas da cultura e da identidade afro-brasileira. Anais do PROGEL – UFRB, 2016.
📸 Créditos das Imagens: Acervo de festas em Araci, registros de manifestações culturais, fotos cedidas por coletivos afro da região







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