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Quando a fé desmorona: a polêmica demolição da Igreja Matriz de Araci

Em muitas cidades do interior, as igrejas não são apenas templos religiosos — são símbolos da identidade urbana, da fé coletiva e da própria memória histórica. Por isso, quando a Igreja Matriz de Araci foi demolida nos anos 1990, o que caiu não foram apenas paredes e telhados, mas afetos, lembranças e pertencimentos.

A monografia de Alex Lima reconstrói essa história marcada por tensões políticas, decisões apressadas e uma comunidade que, em boa parte, só se deu conta do valor do que tinha depois que perdeu.

🛠️ O que aconteceu?

  • A antiga Igreja Matriz de Araci, erguida no século XIX, apresentava problemas estruturais.

  • A Diocese de Serrinha, alegando risco de desabamento e custos altos de restauração, optou pela demolição.

  • Parte da comunidade e setores ligados ao patrimônio histórico protestaram — mas a decisão já estava tomada.

“O povo aceitou porque acreditava que teria algo mais bonito no lugar. Mas com o tempo, percebeu que perdeu algo que não se reconstrói: a memória.” — Alex Lima

📷 O estudo traz depoimentos de fiéis, registros fotográficos e relatos de jornais da época que revelam:

  • Um sentimento de impotência diante das decisões da Igreja institucional;

  • A ausência de consultas populares ou alternativas de restauração;

  • A relação entre poder religioso, político e simbólico sobre o espaço urbano.

⚠️ A frase “muitas cabeças e pouco juízo”, que dá título à pesquisa, foi dita por um morador revoltado com o fim abrupto da igreja que acompanhou gerações de batismos, casamentos, missas e procissões.

📚 Por que essa história importa?

  • Mostra como a destruição de um bem cultural não é apenas física, mas simbólica;

  • Reforça a necessidade de debate público sobre o patrimônio e a memória urbana;

  • Serve como alerta para outras cidades do sertão que enfrentam o apagamento de seus marcos históricos.

📝 Fonte:LIMA, Alex. “Muitas cabeças e pouco juízo”: a demolição da Igreja Matriz de Araci. Monografia de Conclusão de Curso – UNEB, 2010.

📸 Créditos das Imagens: Arquivo pessoal do autor, fotos de moradores, registros da antiga igreja e do canteiro de obras


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