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Tempos de silêncio: a ditadura militar em Serrinha

Quando pensamos na ditadura militar no Brasil (1964–1985), é comum associarmos esse período a grandes centros urbanos, perseguições políticas em Brasília, Rio ou São Paulo. Mas a repressão e o medo também chegaram às cidades pequenas do sertão baiano — inclusive Serrinha.

É isso que mostra o estudo de Luckma Santos: como o regime autoritário afetou a vida cotidiana, política e cultural em Serrinha, deixando marcas profundas mesmo sem a presença direta de tanques ou tropas armadas nas ruas.

A repressão se manifestava de outras formas:🛑 A censura à imprensa local;🛑 A perseguição a professores e estudantes com ideias críticas;🛑 A vigilância sobre militantes da igreja, sindicatos e partidos de oposição.

“Em vez de tanques, havia o silêncio. Em vez de prisões, o medo de falar. Isso também é ditadura.” — trecho do estudo

A autora entrevistou moradores que viveram aquele período, revelando que o medo era generalizado. Muitos se autocensuravam. Algumas reuniões de associações foram desmobilizadas. Peças teatrais e músicas populares consideradas “subversivas” eram evitadas nas escolas.

Ainda assim, houve resistência:

  • Professores continuaram a ensinar sobre direitos e cidadania, mesmo com cuidado.

  • Grupos religiosos ligados à Teologia da Libertação criaram espaços de debate.

  • Estudantes começaram a se organizar politicamente nos anos 1980, já no final do regime.

📚 A importância desse estudo está em mostrar que o autoritarismo também age nos bastidores da vida comum, e que a democracia se defende no cotidiano — com coragem, memória e educação.

📝 Fonte:SANTOS, Luckma. A Ditadura Militar em Serrinha. Artigo apresentado em seminários de história da UNEB – Campus XI, 2022.

📸 Créditos das Imagens: Arquivo UNEB, jornais locais da época, entrevistas da autora com moradores



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