Tradição e mudança: as transformações culturais em Serrinha
- Agência Eco
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
Serrinha, como muitas cidades do interior baiano, vive um conflito silencioso entre o passado e o presente. Nas feiras, nas festas e nas escolas, percebe-se uma cidade que se transforma — sem esquecer suas raízes, mas também tentando entender o que significa ser “contemporâneo”.
A pesquisadora Katiane Santos investigou essas mudanças culturais e sociais, buscando entender como o sujeito serrinhense vem se (re)construindo nas últimas décadas, diante da modernização, da mídia, da internet e das novas dinâmicas urbanas.
🧭 O ponto de partida do estudo foi a pergunta:Como as pessoas em Serrinha vivem a tensão entre tradição e modernidade?
As entrevistas com moradores, especialmente jovens, revelaram um cenário de contrastes e adaptações:
A religiosidade popular convive com novas igrejas e expressões de fé.
A vaquejada tradicional disputa espaço com festas eletrônicas e redes sociais.
O modo de vestir, de falar e até de se reunir em família foi impactado pela cultura digital e pelas migrações.
“Hoje os jovens não sabem mais rezar a novena como a gente fazia. Mas sabem editar vídeo, gravar rap e fazer protesto. É outro tipo de cultura.” — Morador entrevistado
Katiane defende que nenhuma cultura é estática — e que é justamente na mistura entre o antigo e o novo que surgem as formas mais potentes de expressão. O sujeito contemporâneo em Serrinha é aquele que circula entre o vaqueiro e o influencer, entre a feira livre e o feed do Instagram.
📚 Destaques do estudo:
A cultura local é influenciada tanto por heranças familiares quanto pela globalização.
As escolas têm papel fundamental na formação cultural crítica da juventude.
As tradições não estão desaparecendo, mas sendo reinterpretadas.
A juventude é a principal força de renovação cultural no sertão.
📝 Fonte:SANTOS, Katiane. Transformações culturais no município de Serrinha-BA: o processo de formação do sujeito contemporâneo. Artigo apresentado no Seminário Interdisciplinar da UNEB, 2022.
📸 Créditos das Imagens: Arquivo da autora, registros culturais locais, redes sociais da juventude serrinhense







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